sábado, 30 de maio de 2009

Entrevista com Top Dj Handerson, residente da Hari Music fala sobre sua longa carreira.


Com mais de 10 anos de carreira, Handerson é um dos destaques do cenário eletrônicos do estado. Já discotecou ao lado de grandes nomes da cena eletrônica nacional, tais como; Mau Mau, Anderson Noise, Julio Torres, Fabricio Peçanha, Leozinho, Camilo Rocha, Renato Lopes, Webba, Aninha entre outros. Nesse tempo, se apresentou em alguns dos principais clubes e eventos do sul do país, e fora dele em países como o Paraguay e Argentina, dividindo os decks com artistas internacionais como LA D.I.D.A (República Tcheca), Tato Piatti (Argentina), Yvan & Dan Daniel (Suiça), Lucas Abadi (Argentina), Chris Lake (Escócia), entre outros. Com muita experiência, consegue como poucos dominar uma pista, com tracks bem selecionados e feeling apurado, tem crescido a cada apresentação, sempre com muito carisma, dedicação e humildade. Seus sets variam entre o progressive house, electro, Tech House, minimal e techno. Residente do programa Dreams Connection; a mais de 10 anos seus sets são escutados por milhares de pessoas em todo estado, através das rádios Jovem Pan & Transamérica, ambas em Balneário Camboríu, de quarta a sexta, das 22 as 24hrs.
Agora fazendo parte da Grow.u.u.d Music Handerson fala sobre sua carreira em uma entrevista exclusiva, confira!


1-Para começar a entrevista fale um pouco sobre você. O que Handerson fazia antes de se tornar DJ Handerson? Como surgiu sua relação com música em geral?

Bom, minha vida sempre foi muito ligada a música, desde cedo fui aficcicionado por som dos mais diversos estilos, e com o passar do tempo fui conhecendo coisas novas, acredito que essa relação teve início mais ou menos quando eu ainda tinha 11 anos, sempre ficava até de madrugada ouvindo rádio e gravando minhas fitas.Mas em 1994 aos 14 anos é que surgiu a idéia de me tornar Dj, mesmo que sendo apenas um sonho de adolescente, logo que tive meus primeiros contatos com o mundo da discotecagem, olhando outros profissionais trabahando, foi ai que comecei a me interessar mais pelo lado da dance music, que tinha explodido na época.O fato curioso é que eu gravava fitinhas para tocar nas festinhas dos amigos, com sets mixados de uns djs de São Paulo, o programa era apresentado na rádio 99FM, hoje em dia Transamérica em de Balneário Camboriú, e depois quando me tornei Dj profissional, fui o Dj residente sendo responsável pelas mixagens e repertório desse programa por mais de 8 anos.

2- Você tem mais de 10 anos como dj, conte um pouco sobre as mudanças na cena eletrônica no seu estado o que você viu nesses 10 anos.

No começo da minha carreira era tudo muito difícil.Na minha cidade dava pra contar nos dedos os Djs que realmente viviam diretamente ligados com a música, já que o trabalho do Dj era pouco valorizado, os clubes não davam o reconhecimento que o artista merecia, muitas vezes você frequentava uma balada, sem saber quem era o Dj que estava tocando, porém, não existia enganação, trabalhava como Dj quem realmente tinha a discotecagem no sangue, enfrentava todas as dificuldades em troca de fazer o que realmente amava.Hoje a coisa mudou, Balneário camboríu se transformou numa cidade referência quando o assunto é musica eletrônica, e isso fez com que os maiores artistas do mundo se apresentassem por aqui, ou pela região.Esse fortalecimento na cena teve seu lado positivo, porque trouxe junto a valorização da profissão, consequentemente o Dj passou a ganhar mais, e ter mais condições de investir em material, pesquisar mais, abriu novos horizontes.Só que no caminho inverso, veio os chamados tocadores de cd, aquele cara que nunca pensou em ser Dj, mas como passou a ser uma profissão bem remunerada, com um certo glamour e badalação, surgiram aos montes os más profissionais, que tocam em troca de uma garrafa de vodka, um nome no flyer de algum grande clube, e com isso os profissionais de verdade tem perdido um pouco de espaço, já que pra muitos donos de casa noturna, nem sempre a qualidade está em primeiro lugar.

3- Você hoje é residente de uma das melhores festas de medio porte do brasil, fale um pouco mais sobre esse evento.

A Hari é uma festa que traz um conceito muito bacana, desde as primeiras edições procurou uma proposta diferente, não se preocupou apenas com os lucros, mas sim em mudar totalmente o estilo de festas no Oeste catarinense, criou uma cena num lugar que praticamente não existia fãs de e-music.Eu particularmente tenho o previlégio de ter participado desse projeto desde o início, e com toda humildade sei da minha participação nisso tudo, porque com toda minha experiência, principalmente o fato de ter sido residente de um grande clube, num dos balneários mais frequentados do Brasil, me ajudou bastante a fazer um trabalho a longo prazo, pois tinha conciência de que não seria possível ser radical demais, chegar numa região em que pouco de ouvia música eletrônica e querer tocar um som conceito, baseado nesse pensamento, pude dar uma passo de cada vez, e hoje sabemos da importância desse trabalho, já que a região hoje tem presença constante de atrações a nivel nacional e internacional, e é visível a diferença pós Hari nisso tudo, já que havia tocado no oesta antes da festa, e as lembranças não são muito boas.O mais interessante é ver o expanto de caras como Chris Lake, Ned Shepard, e tantos outros figurões nacionais que ja passaram pelo line da festa, quando se deparam com aquela galera numa vibe incrível, curtindo até 9, 10hrs da manhã, os caras começam a tocar e não querem mais parar, ali se criou um conceito, um trabalho feito com muita dedicação, que se reflete no público, nos Dj´s que se apresentam, que podem fazer o seu som, sem se preocupar em tocar o que não lhe agrada, o povo está ali para ouvir um som de qualidade, e isso não tem preço para o artista.

4- o que levou você a se tornar um dj, e o que você faria se não fosse um dj
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Na minha adolescência eu tinha dois sonhos, ser jogador de futebol (acho que 90% dos brasileiros nessa idade também querem ser), ou ser Dj.Um deles consegui realizar.Essa paixão que sempre tive pela música tornou as coisas mais fáceis, não foi dificil sentir vontade de discotecar, de mostrar um pouco do teu gosto para uma multidão em uma pista.As dificuldades existiram, no início tudo é complicado, mas quando você faz de coração, tudo conspira a favor.

5- No mes de setembro vai rolar mais uma edição da Hari music, fale um pouco sobre o que o publico pode esperar dessa edição.

Será a 10º edição da festa, já passaram pela cabine da HAri vários artistas nacionais consagrados, alguns com experiência internacional como Wehbba, Aninha, Paula Pedroza, Alex Dias, e gringos como Lucas Abadi, Ned Shepard, Yvan & Dan Daniel, Chris Lake entre outros.Depois do sucesso da 9º edição, com certeza a próxima virá com força total mais uma vez, com atração internacional, estrutura de primeira, sound system impecável e muita gente bonita e descolada.

Bate bola

Techno ou House?

Não sou de me rotular em apenas um estilo, procuro me adaptar com o horário, estilo de público da festa, olhar pra pista e saber o que tocar.Sempre tive comigo que quando o som é bom, não importa o estilo, se ele se encaixar no meu set, certamente vou tocar, mas como você pediu para escolher um dos dois, fico com o House, por achar mais bem trabalhado, mais a linha que curto tocar, mesmo que toque techno também, nada muito quadrado, curto techno mais swingado, com groove, mas meu estilo preferido mesmo é o progressive house.

Vodka ou cerveja?

As duas, dependendo do clima, na balada fico com a vodka
Clube underground ou rave massiva?O lance do clube é legal porque o artista tem um contato mais próximo com o público, dependendo do estilo do clube, acho mais interessante, desde que seja um clube conceito onde as pessoas que frequentem tenham uma ligação verdadeira com a música eletrônica.

Uma apresentação inesquecível?

Depois de todos esses anos, é dificil citar apenas uma, já que me apresentei em muitos lugares diferentes, e o clube que fui residente durante 8 anos também me deixou muitas lembranças boas, de noites memoráveis, mas se for pra citar só uma, acho que fico com a Hari que toquei depois do Chris Lake, foi inesquecível ver aquela pista gigante bombando até de manhã cedo, e o fato de ter tocado depois de um cara que sempre curti, tb foi demais.

Comida predileta?
Dae me pegou, uma anchova grelhada vai bem, fast food, churrasco.....tem muita coisa boa

Top 10 das músicas que fazem parte da sua carreira.

Meio complicado, tem muita coisa boa pra colocar nessa lista, não vou voltar muito lá atrás porque me identifico mais com o que foi feito de 1998 pra cá, vou colocar nessa lista algumas tracks que marcaram algumas noites na minha carreira, cada uma delas com uma história diferente.

1)Dennis Ferrer & Jerome Sydenham - Sandcastles (Mark Knight)
2)Switch - A Bitch Party (Eric Prydz Remix)
3)Tomas Anderson - Washing Up (Tiga's mix)
4)CRW - I Feel Love
5)DK8 - Murder Was the Bass
6)Vitalic - La Rock
7)Layo & Buschwacka - Love Story
8)Silvio Ecomo - Standing
9)X Press 2 - Lazy ( Feat David Byrne )
10)Aron Slater - Alien to Me (simuck excited dub mix)

Live ou dj set?

Se for live de verdade, até curto, mas já vi muitas fraudes, então ainda prefiro Dj set, acho que se o cara é bom, fica muito mais interessante.

DOWNLOAD SET MIX
http://www.4shared.com/file/106524186/255991e7/Dj_Handerson_Based_on_a_true_story_May2009.html
Top 10
James Harcourt - Proton
Stan Kolev - Beautiful (Stan Kolev 2009 Remix)
Alter Breed - Manifest (original mix)
Bansi - The Red Line
Audiowhores & Haize - Stay
Evans T & Kosmas Epsilon - 8 Hours
Popof - Head Cleaner
Lank - Let It Roll
Uto Karem - Homebase
James Talk - Sunshine

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